domingo, 4 de agosto de 2013

Vacinas

As vacinas foram criadas para ensinar o sistema imunológico a reconhecer agentes agressores que podem provocar doenças, assim como para ensiná-lo a reagir produzindo anticorpos capazes de combatê-los. Na preparação das vacinas, pode ser utilizado um componente do agente agressor, ou seja, o próprio agente agressor numa forma atenuada, ou morto, ou outro agente que seja semelhante ao causador da doença.
No Brasil, um dos programas de maior sucesso do Ministério da Saúde é o Programa Nacional de Imunizações. Pode-se dizer, hoje, que a imensa maioria das crianças brasileiras recebe regularmente vacinas contra quase todas as doenças graves. A eficiência desse programa chegou a tal ponto que certas enfermidades desapareceram por completo ou estão desaparecendo das clínicas médicas e hospitais. A poliomielite é um exemplo indiscutível de doença que desapareceu do cenário nacional graças a esse programa de imunização.
 

Tratamentos preventivos

Em muitos hospitais, os recém-nascidos recebem uma injeção ou gotas de vitamina K, substância necessária ao processo de coagulação que comumente tem níveis baixos nos bebês. Nas semanas seguintes, podem ser ministrados outras doses.

Antes da alta, alguns bebês são vacinados contra hepatite B e turbeculose (BCG). Estas vacinas podem ser administradas mais tarde, mas algumas maternidades oferecem este conforto de vacinar antes da alta.

* Importante ver o post sobre Vacinas.

Teste do Pezinho

O exame laboratorial, chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Falemos numa linguagem mais simples. Esse exame é popularmente conhecido como teste do pezinho, pois a coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê.
As mamães geralmente ficam com o coração na mão quando tem que levar seus bebês para o exame, pois estes normalmente choram. Mas por que a picadinha no calcanhar? O que as mães devem saber é que o calcanhar é uma região rica em vasos sanguíneos e a coleta do sangue é feita rapidamente com um único furinho. O furo é quase indolor, mas a dor ainda é uma sensação nova para o bebê e por isso choram.
Esse exame é realizado em grande parte nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de vida. Antes disso, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe. O exame também é feito em laboratórios. O ideal é que o teste seja feito até o sétimo dia de vida. Basta apenas uma picada no calcanhar do bebê para retirar algumas gotinhas de sangue que serão colhidas num papel filtro e levadas para serem analisadas.
 
Prevenindo doenças graves - Para quem não sabe, o teste do pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de seqüelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas.
O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já não pode ser curada.
Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal, onde cobre a identificação de até quatro doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística). Mas nem todos os Estados brasileiros realizam os quatro testes.
O Programa Nacional de Triagem Neonatal prevê três fases do teste do pezinho, em que os Estados devem se adequar. A primeira fase detecta as doenças fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. A segunda inclui a anemia falciforme, e a terceira fase a fibrose cística.
 
Versão nova do teste - Hoje já existe uma versão ampliada do teste do pezinho onde é possível identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Mas é ainda um recurso sofisticado e bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.
Mesmo assim, a versão ampliada do teste do pezinho é subdividida. Geralmente, quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame. Existem ainda exames complementares que também podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho.
O exame do pezinho é essencial para o desenvolvimento da saúde do seu bebê. Não esqueça que o exame convencional é obrigatório e gratuito. Exija sempre seus direitos e faça com que sejam cumpridos.
 
Dicas
Não esqueça de buscar o resultado. Qualquer alteração no resultado, leve para o pediatra examinar.
Não se preocupe se tiver que repetir o exame. O teste do pezinho exige repetição para esclarecer o primeiro resultado, quando suspeito de normalidade ou quando o teste é realizado antes de 48 horas de vida.
Um resultado normal, mesmo no teste ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas. O teste não diagnostica, por exemplo, a síndrome de Down.
 
ATENÇÃO!
Apesar do nome "Teste do Pezinho" é possível que em alguns locais o sangue seja coletado do braço do bebê. Acredita-se que no braço a "picada" seja menos dolorosa.

Exame físico completo

Nos primeiros dias, todos os aspectos do bebê serão avaliados: espinha dorçal, ânus, dedos das mãos e pés. Os quadris serão examinados para verificar se os movimentos e o encaixe estão corretos. Seu bebê será pesado e sua cabeça e estatura medidos.



Teste de Apgar

O que é o teste de Apgar?
 
Trata-se de um método simples e eficiente de medir a saúde de seu recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata.

Ele é rápido, indolor e, certamente, vai tranquilizar você. Na verdade, é bem possível que o médico faça a avaliação do bebê sem que você nem note. A maioria das crianças nasce em boas condições de saúde, mas, caso seu recém-nascido precise de algum auxílio médico, será melhor saber o quanto antes para começar o tratamento. Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952.

Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma:
SINAL
NOTAS
0
1
2
Aparência (cor da pele)
Pálida ou azulada
Corpo rosado, extremidades azuis
Rosada
Pulso (frequência cardíaca)
Não detectável
Abaixo de 100
Acima de 100
Caretas (reflexos)
Sem resposta à estimulação
Careta
Choro vigoroso, tosse ou espirro
Atividade (tônus muscular)
Flacidez (nenhuma ou pouca atividade)
Alguns movimentos das extremidades
Muita atividade
Respiração
Nenhuma
Lenta, irregular
Boa, chorando

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral. Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato, como, por exemplo, auxílio para respirar.
 
O que quer dizer a nota de cada criança?
 
Claro que 10 é sempre música para os ouvidos dos pais, mas 8 ou 9 também são ótimas avaliações. Um parto mais complicado ou prematuro e até medicação para dores tomadas pela mãe podem mascarar as notas, não retratando exatamente as condições reais do bebê, mas, no geral:

• Avaliação entre 8 e 10 mostra crianças em estado de saúde de ótimo a excelente, que provavelmente não vão precisar de cuidados extras.
• Avaliação entre 5 e 7 indica estado regular e pode haver necessidade de ajuda de aparelhos para respirar. O médico talvez massageie vigorosamente a pele do bebê ou dê a ele um pouco de oxigênio.
• Avaliação abaixo de 5 aponta bebês em condições que exigem auxílio médico especial.

Você pode perguntar ao médico na sala de parto qual foi a nota do seu bebê. Se a primeira não tiver sido muito alta, não se desespere, porque a segunda, depois de cinco minutos, costuma ser maior e mais tranquilizadora, já que a criança se recupera rápido do estresse do parto. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.
 
O teste de Apgar prevê problemas de saúde futuros?
 
Não, embora no passado os especialistas tenham chegado a acreditar que sim. Uma das teorias sugeria que se a nota de um recém-nascido permanecesse baixa aos cinco minutos de vida, isso indicava probabilidade de ele ter problemas neurológicos. Estudos mais recentes, porém, rejeitaram essa teoria. Sozinhas, as notas individuais não prevêem o estado de saúde futuro de uma pessoa, seja bom ou ruim.

A vantagem do teste é sua simplicidade: ele é facilmente realizado e mede com rapidez e precisão a saúde de um bebê nos primeiros momentos da vida fora do útero - nada mais, nada menos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Equipamento para aleitamento

Dependendo da sua decisão sobre amamentar ou usar mamadeira, será preciso ter um equipamento apropriado para tirar o leite em excesso do seu peito (a desmamadeira). Existem as bombas manuais, porém as com bateria ou elétrica torna a ordenha mais fácil.

Eu usei a da Nuk e a Medela. Indico a Medela (compacta e eficiente). Dizem que a da Avent também é boa.



Babá Eletrônica

A babá eletrônica permite que você ouça e veja o bebê (as com câmera) quando não está no mesmo cômodo e é indicada quando você não consegue ouvir o choro quando está em seu quarto ou em outra parte da casa. Do contrário muitos especialistas acham que não é recomendado (eu discordo), porque o bebê muitas vezes vai chorar e resmungar enquanto dorme. Também vai acordar e se movimentar. A babá eletrônica amplia os sons desses pequenos ruídos noturnos.

Bom, para mim a babá eletrônica é um acessório essencial. Não dá para ficar sem! Uso muuuuito a minha da summer. O sinal é excelente e a imagem e som também! Nunca deu problema!

Moisés

Moisés é um berço portátil que pode ser colocado ao lado da sua cama para que você não precise se deslocar para alimentar o bebê durante a noite. Também é útil para transportar o bebê, mas como seu interior é pequeno, logo seu bebê não caberá mais nele.

Carrinhos

Há uma grande variedade de carrinhos de bebê, mas só os carrinhos do tipo berço e passeio dobrável são adequados para recem-nascidos. O modelo dobrável do tipo guarda chuva geralmente só é apropriado para bebês a partir de 3 ou 6 meses, porque o acento não fica totalmente plano e também não é acolchoado. Daí nesse período você terá que levar o bebê num moisés ou bebê conforto ou usar um canguru. Os carrinhos berço podem ser muito robustos, mas são grandes e difíceis de manobrar em espaços pequenos.
Os carrinhos do tipo passeio são muito mais práticos e há um grande variedade deles. Os carrinhos de passeio dobráveis são geralmente robustos e a maioria são adequados para recem-nascidos - que precisam deitar retos, numa superfície acolchoada e confortável.
 

 
Comprei para Manoela a linha da Quinny Zapp Xtra e estou amandoooooooo. O melhor é que ele vem com adaptadores para o bebê conforto da Maxi Cosi.
 
 
 

Bebê conforto

O bebê conforto é útil quando o bebê está acordado e você quer estar certa de que ele está seguro perto de você, enquanto faz outras coisas. Além de reclinar, alguns deles possibilitam ao bebê manter uma posição mais ereta. Todos permitem que você embale levemento o bebê.
Você também usará o bebê conforto como cadeirinha de carros para recem-nascido na hora de levar o bebê da maternidade para casa e nas consultas com o pediatra.

Esse foi o que comprei para Manoela - super indico!
 

Mobiliando o quarto do bebê

Qualquer que seja seu estilo de decoração, a prioridade deve ser a segurança (vou falar mais sobre isso em outras postagens). É também importante escolher produtos fáceis de limpar.
Algumas peças - como cômodas e locais para guardar coisas - não precisam ser específicas para bebês. Móveis de tamanho normal podem servir às necessidades da criança por muitos anos.
Se o espaço é pequeno, pense no uso de áreas, como a parte superior de um armário, para guardar pequenas peças de roupas ou brinquedos pouco usados. Ou a parte de trás de uma porta para pendurar sacos com fralda ou brinquedos.
Ítens necessários: berço, trocador, recipiente para fraldas usadas, cadeira de balanço (aleitamento) e acessórios.
 
Berço - O bebê passará muito tempo dormindo e, por isso, é importante que você faça tudo para protegê-lo. É preciso garantir que o berço seja um lugar seguro e que você siga algumas recomendações para evitar o risco de SMSI. (vou fazer uma postagem sobre sono seguro mais adiante).
 
Trocador - Você vai trocar uma enorme quantidade de fraldas. Por isso providencie um trocador com altura adequada, para não precisar se curvar na troca de fraldas do bebê. A segurança é uma consideração importante: o bebê vai crescendo, passa a se mexer mais e a rolar, aumentando o risco de quedas. O trocador ideal deve ter beiradas altas em três lados. O bebê deve se deitar num colchonete macio, de fácil limpeza, que cubra toda a superfície do trocador. Seu bebê vai precisar trocar fralda por no mínino 18 meses. Assim escolha uma mesa grande o bastante para acomodar o bebê crescido, além de um brinquedo que ele goste para distraí-lo.
 
Recipientes para fraldas usadas - A maioria dos pais preferem uma lixeira com tampa (por causa do mau cheiro). Sacos plásticos para forrar a lixeira podem ser facilmente retirados e descartados.Use um recipiente pequeno, para que seja esvaziado com frequencia. Ideal é uma lixeira com pedal para não ter que se abaixar.
 
Cadeira de balanço (aleitamento) - Você vai gastar horas alimentando o bebê. Prefira uma cadeira que lhe proporcione um bom apoio. Há modelos que reclinal e também balançam ou deslizam e que possuem uma banqueta para apoio dos pés. Verifique se o tecido é fácil de limpar.
 
Acessórios - Os bebês usam um número surpreendente de coisas que precisam ser cuidadosamente guardadas. Roupas, brinquedos, produtos de higiene, luminárias, móbiles e itens volumosos como banheira e pacotes de fralda. No meu caso deixei os itens volumosos no banheiro, assim como estoque de produtos de higiene e algodão. A maioria das roupas do bebê podem ser guardadas em gavetas (cômodas). Um kit de higiene com garrafa térmica, cumbuca de água, pote para algodão e cotonete e espaço para creme de assadura é uma boa forma de organizar. Um organizador de fraldas também pode ser pendurado junto do trocador. Os brinquedos podem ficar em prateleiras. A luminária com lâmpada de baixa intensidade (de preferência na cor azul que acalma) permite que você observe o bebê sem acordá-lo. Os móbiles podem ser fixos ou preso na lateral do berço.
 
 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Gravidez Múltipla

Esperar gêmeos é excitante, mas também um pouco assustador. Antes do nascimento, porém, você precisa enfrentar alguns assuntos de natureza prática. É muito comum que o parto de gêmeos ocorra antes do previsto. Planejar o parto é mais difícil e a possibilidade de ter os gêmeos prematuros deve ser considerada. Além disso, o parto de gêmeos só deve acontecer no hospital. O parto normal é possível, mas as chances de ser necessária uma cesariana são maiores do que quando é só um bebê. Inclua nos seus planos uma recuperação pós-parto mais lenta, caso seja necessário uma cesariana.
Se você pretende usar um moisés no início, vai precisar de dois e também de vários outros itens em dobro: duas cadeirinhas para o carro, dois balanços, dois carrinhos (ou um duplo). Mas ao comprar as roupas dos bebês não precisa comprar dois conjuntos completos de tudo - seus gêmeos poderão compartilhar algumas peças. além disso, se os gêmeos são de sexos diferentes, pode ter roupas específicas para meninos e meninas, ou optar por roupas com cores e padrões neutros.
Com gêmeos, as despesas são maiores. Comprar em dobro a maior parte dos itens consome um bom dinheiro. Se possível, pegue emprestado algum acessório e roupas com amigos ou parentes.
 

Preparação da casa

Preparação da casa para a chegada do bebê
 
Os frenéticos primeiros dias de cuidados com o bebê ficarão mais fáceis se a casa estiver preparada. Cuidar dos pequenos detalhes com antecedência poupará tempo e energia para você aproveitar os momentos com o bebê quando ele chegar.
Se for pintar, reformar ou fazer consertos em casa, procure terminar as obras pelo menos um mês antes da data prevista para o parto. Se conseguir mais cedo, melhor. Você não vai querer trazer seu bebê para casa e enfrentar um cenário desorganizado e barulhento, caso o parto adiante ou a reforma atrase. Gestantes e recém-nascidos não devem ser expostos à poeira, agitação e cheiro de tinta, por isso é melhor que esse tipo de trabalho seja feito pelo parceiro ou por profissionais.
 
 

Parto sem Dor


Parto sem Dor - O parto sem dor consiste na aplicação de anestesia peridural para anular as dores do parto, mantendo a contração uterina, além do uso métodos de relaxamento e psicoterapia para aliviar tensões e ansiedade, deixando a gestante preparada para o grande momento. A recuperação é rápida e o parto não é um trauma para a mulher, já que ela não sente dores físicas e está psicologicamente preparada para o parto, podendo aproveitar o momento para se conectar com o bebê e interagir com seu acompanhante.
Infelizmente nem todos os hospitais disponibilizam este tipo de parto, que além de estrutura hospitalar, exige equipe médica capacitada a técnicas de relaxamento e exercícios respiratórios para auxiliar a mamãe neste momento tão importante. O parto sem dor é contraindicado para mulheres que sofrem de insuficiência cardíaca.

Parto Humanizado


Parto Humanizado - É uma maneira mais humana de realizar o parto, podendo este ser normal ou até mesmo uma cesariana. A preferência é pelo parto realizado de forma natural, respeitando a fisiologia materna, sem grandes intervenções. Visa o conforto materno, deixando a gestante livre e no ambiente de sua escolha, podendo ser realizado em ambiente hospitalar ou extra-hospitalar (residência). Trata-se de, sobretudo, individualizar a assistência de acordo com cada gestante e suas condições, compartilhando com ela todas as decisões tomadas, deixando-a segura sobre tudo o que está ocorrendo.
O parto humanizado cria um ambiente seguro para a gestante, que pode interagir com seu acompanhante, receber massagens, carinho e apoio psicológico. A gestante tem participação ativa, estreitando laços afetivos em um ambiente de sua escolha, onde o bebê fica a maior parte do tempo com a mãe e é amamentado nos seus primeiros minutos de vida.
O parto humanizado em ambiente não hospitalar é um assunto que gera muita polêmica. Isso porque, infelizmente, mesmo gestações tranquilas podem apresentar complicações e riscos que só conseguem ser solucionados em ambientes capacitados. A demora em tomar a decisão de interromper o parto normal e optar pela cesariana compromete a saúde materna e do bebê, trazendo consequências graves e por vezes irreversíveis.

Parto na Água


Parto na Água - Este parto, como diz o próprio nome, ocorre dentro da água, de forma que o bebê saia suavemente de um líquido quentinho (líquido amniótico da bolsa que envolve o feto) direto para outro também aquecido, evitando grandes diferenças de temperatura. A mãe fica imersa em uma banheira com água na temperatura corpórea (37ºC), cobrindo toda a sua barriga e genitais.
Indicado para casos de gestação sem complicações e bebês na posição cefálica, o parto na água é menos traumático para o bebê, e a água quente conforta a mamãe e a relaxa durante os intervalos das contrações. Entre suas desvantagens está a maior dificuldade para conter o sangramento e lacerações no períneo, além do aumento do risco de infecções. A recuperação também é um pouco lenta, podendo variar de 15 a 20 dias.

Parto Leboyer

Parto Leboyer - Também conhecido como “nascimento sem violência”, o Leboyer foi introduzido no Brasil em 1974 pelo ginecologista e obstetra Cláudio Basbaum.
Caracteriza-se pelo uso de pouca luz, silêncio no ambiente e, principalmente após o nascimento, massagem suave nas costas do bebê, que é acomodado gentilmente no seio da mãe, sem ser dependurado pelos pés e sem a famosa palmada que o faz chorar e abrir os pulmões. A transição respiratória é feita de forma suave, esperando o cordão parar de pulsar. A amamentação ocorre ainda na sala de parto, seguido de um banho (imersão em água morna numa pequena banheira) ao lado da mãe, e que também pode ser dado pelo pai sob supervisão da equipe médica. O intuito, portanto, é minimizar ao máximo o trauma que o bebê sofre ao sair do útero da mulher.
Indicado para gestações tranquilas e sem complicações. Estudos realizados com “bebês-Leboyer” na Universidade da Sorbonne na França geram crianças mais seguras, precocemente autônomas em suas habilidades e emocionalmente mais equilibradas. Uma das maiores desvantagens é que nem todo hospital possui equipe capacitada para esse tipo de assistência. A recuperação é um pouco mais lenta, podendo variar de 15 a 20 dias.

Parto de Cócoras


Parto de Cócoras - Trata-se de um parto normal que acontece na posição de cócoras, com a gestante agachada. É indicado apenas nos casos em que o bebê está de cabeça para baixo (posição cefálica), em gestações sem complicações em que a mãe apresenta pressão arterial normal, e para gestantes que são calmas e colaborativas.
A recuperação é rápida e a mulher não necessita de medicamentos para aliviar a dor, pois os movimentos são livres. A posição de cócoras faz aumentar a ação da gravidade, intensificando as contrações e auxiliando a saída do bebê. Mas, caso ocorram complicações no período de saída da cabeça do bebê, o médico não consegue controlar o parto, tendo muitas vezes que recorrer a uma cesariana de emergência.

Parto Cesária


Parto Cesária - No parto cesárea, realiza-se um corte na parede abdominal, camada a camada até chegar ao útero. Corta-se o útero e retira-se o bebê. Feito isso, retira-se a placenta, e após revisão e limpeza da cavidade abdominal, fecha-se todas as camadas abertas. A cesariana é realizada principalmente quando o médico e a gestante entendem que o parto via abdominal irá proporcionar um melhor resultado materno e/ou fetal do que o parto vaginal, sendo indicada em casos como posição do feto não adequada para o parto normal, falha na evolução do trabalho de parto ou quando a mulher já realizou duas ou mais cesáreas.
É rápido, com hora marcada, indolor e sem contrações, e permite que a família inteira se programe para o nascimento! Mas, por outro lado, trata-se de uma cirurgia invasiva e a cicatrização é mais demorada, podendo ocorrer a formação de queloides ou hérnias. Entre todos os partos, a cesariana é a que apresenta a recuperação mais difícil, por ser bem mais lenta e dolorida.

Parto Natural


Parto Natural - É a maneira mais natural do bebê nascer, sem anestesia e indução. A mulher sofre as dores do parto e o médico pode proceder à ruptura da bolsa para que o parto se desenvolva mais depressa. Para alguns, este é o tipo de parto mais saudável: sem uso de medicamentos, sem cortes e pontos, sem risco de anestesia ou reação aos remédios. A gestante fica com seus movimentos livres, sem a necessidade de ficar na cama e com acesso venoso. A amamentação começa mais rápido e em maior quantidade, além de estimular mais o vínculo afetivo da mãe e do filho. A mulher se recupera muito rápido e em pouco tempo consegue andar, amamentar e cuidar de seu bebê.
Vale ressaltar que, neste tipo de procedimento, a gestante não recebe remédios para alívio da dor e, por não ser realizado o corte no períneo, pode haver a dificuldade para sair a cabeça do bebê. “A demora do nascimento pode prejudicar a saúde da criança, que pode apresentar dificuldades para respirar e ainda trazer consequências graves, como aspiração do mecônio (fezes do bebê) e diminuição da oxigenação cerebral. O parto natural em ambiente não hospitalar também pode ser muito arriscado, pois em uma situação de risco e emergência, o ambiente não está apto para dar todo o suporte necessário.

Parto Normal (vaginal)


Parto Normal (vaginal) - É a forma mais convencional do bebê nascer. O procedimento pode ser realizado com analgesia, que ajuda a controlar a dor. Além disso, é possível acompanhar o ritmo cardíaco da mãe e do bebê e o parto pode ser estimulado com medicamentos.
O parto vaginal auxilia na respiração do bebê, pois seu tórax sofre uma compressão ao passar pelo canal vaginal, expelindo o líquido amniótico dos pulmões. Dentre os benefícios maternos estão a liberdade de movimento e posição durante o trabalho de parto, recuperação rápida, menor perda sanguínea, descida mais rápida do leite e menor risco de infecção hospitalar. A dor é a principal desvantagem, pois a gestante tem de fazer esforço para que o bebê nasça. As vezes, o médico necessita fazer um pequeno corte na região muscular entre a vagina e o ânus, para auxiliar a passagem do bebê.


A Escolha do Parto

A Escolha do Parto...
 
Nove meses é o tempo que o corpo da mulher leva para dar todas as condições necessárias à chegada de uma nova vida. A eliminação do tampão mucoso, contrações cada vez mais fortes e em intervalos menores e o rompimento da bolsa amniótica com perda de líquido ou sangramento vaginal são alguns dos sinais de alerta que anunciam a chegada do bebê.
Mas, antes de a futura mamãe vivenciar o tão esperado momento, é fundamental que ela tenha escolhido o tipo de parto de sua preferência. São inúmeras opções, e tal decisão deve ser tomada em conjunto com o obstetra, que irá analisar qual alternativa é melhor e mais segura para a mãe e o bebê. O obstetra é a principal fonte de informações de qualidade para a mulher.
Para entender melhor farei uma postagem para cada tipo de parto.